12 livros argentinos que você vai amar

12 livros argentinos que você vai amar

A literatura argentina é pródiga em escritores incrivelmente talentosos e mundialmente famosos. Mas se você ainda não teve o prazer de ler nada escrito por Borges, Sabato ou Cortázar, só para citar os mais conhecidos entre os brasileiros, esse post é ideal. Veja aqui 12 livros argentinos que você vai amar!

Literatura argentina

Em 2013, a Télam (Agência Nacional de Notícias) selecionou alguns livros argentinos marcantes publicados no século XX. Decidimos pegar algumas dessas dicas emprestadas e acrescentamos alguns nomes femininos também. Difícil vai ser você decidir qual ler primeiro!

Aproveite para conhecer os escritores da Argentina mais famosos

1 – El Aleph

Começamos pelo grande Jorge Luis Borges e seu famoso O Aleph. Escrito em 1949, reúne 17 contos – incluindo o que dá nome ao livro – que abordam com intensidade questões como a vida, a morte e o infinito. Trata-se de uma unanimidade quando se fala de livros argentinos. Complexo, intenso e envolvente, o universo borgiano se apresenta nessa obra com toda sua magia.

Jorge Luis Borges conquistou o Prêmio Miguel de Cervantes junto com o espanhol Gerardo Diego em 1979.

2 – Rayuela

Rayuela (O Jogo da Amarelinha), de Julio Cortázar, de 1963, representa um marco na literatura argentina. Derrubando as fronteiras entre o fantástico e o real, é um livro que revolucionou a literatura da época. Considerada uma anti-novela, O Jogo da Amarelinha brinca com a subjetividade do leitor e tem múltiplos finais. Pode ser lido linearmente, do capítulo 1 até a última página, ou seguindo a sugestão do próprio autor, a partir de uma tabela de sequência dos capítulos, que não se guia pela ordem numérica.

3 – Operación Masacre

Operación Masacre (Operação Massacre), de Rodolfo Walsh, foi escrita em 1957. Destaca-se não só pela força narrativa do autor, mas também por ser uma das primeiras incursões de um autor argentino pelo Jornalismo Literário.

Walsh reconstitui os acontecimentos lançando mão de recursos emprestados da ficção. Para isso, utiliza diálogos e a contraposição de diferentes pontos de vista, conseguindo impor um ritmo envolvente, típico do romance policial, em plena ditadura militar. Com isso, terminou escrevendo um dos mais instigantes livros argentinos do século XX.

4 – Cicatrices

Em Cicatrices (Cicarizes), de 1969, Saer conta quatro histórias diferentes, cada um com seu próprio protagonista, que giram em torno de um mesmo episódio. Trata-se do assassinato de uma mulher, cometido pelo seu marido. As histórias têm como pano de fundo a decadência do peronismo. Este é considerado pela crítica o trabalho mais maduro de Saer.

5 – Los siete locos

Para muitos, Los Siete Locos (Os Sete Loucos), de Roberto Arlt, é um dos livros mais importantes da literatura argentina do século XX. Publicada em 1929, é considerada uma obra revolucionária, subversiva e perversa. A obra envolve personagens marginais de uma Buenos Aires obscura com objeto de implementar um novo modelo de organização da sociedade.

O pessimismo existencialista, a reflexão política e filosófica e a crítica aos diferentes ideais então vigentes estão impressos em cada página, forjando um relato forte e impressionante.

6 – La invención de Morel

La Invención de Morel (A Invenção de Morel), de Adolfo Bioy Casares, foi qualificada por Borges como “perfeita”. Publicado em 1940, o livro é considerado por muitos como a grande obra-prima da literatura fantástica em língua espanhola. Conta a história de um fugitivo escondido em uma ilha (supostamente) deserta que acaba descobrindo um grupo de turistas e máquinas misteriosas que lutam contra o tempo e a morte.

Uma história de amor e mistério que recebeu várias adaptações e inspirou outras obras, como o filme O ano passado em Marienbad, de Alain Resnais, e o seriado Lost. Em 1990, Adolfo Bioy Casares recebeu o Prêmio Miguel de Cervantes.

7 – Zama

Primeiro romance de Antonio Di Benedetto, publicado em 1956, Zama é também seu livro mais bem-sucedido. Conta a história de Diego Zama, um funcionário do império colonial espanhol do final do século XVIII. Zama vive uma espera interminável em vários aspectos da sua vida.

Diego Zama espera e nessa espera reflete-se um existencialismo muito presente na literatura latino-americana da época em que o livro foi escrito. A obra destaca-se também por partir rumo ao “não regionalismo”, liberando a literatura argentina de referências obrigatoriamente regionais.

8 – Respiración Artificial

Respiración Artificial (Respiração Artificial), de Ricardo Piglia, foi publicado em 1980, em plena ditadura militar. Trata-se de um dos livros argentinos mais bem realizados de seu tempo, na opinião de muitos críticos. Com uma estrutura complexa, o livro está dividido em duas partes bem diferentes. Ao longo de suas páginas, as histórias vão entrelaçando-se por meio das relações familiares cheias de mistério.

Narrativa talentosa, força literária e reflexões sobre o recorrente tema do regime militar na década em que foi escrito fazem de Respiração Artificial uma leitura indispensável pra quem quer conhecer mais sobre a literatura argentina.

9 – Los Pichiciegos

Los Pichiciegos (Os Pichicegos), de Rodolfo Fogwill, foi escrito em junho de 1982, nos últimos dias da Guerra das Malvinas. Publicado no ano seguinte, conta a história de um grupo de soldados argentinos que decidem deserdar e viver escondidos em um refúgio subterrâneo, La Pichicera.

Forte e cru, o livro faz uma crítica contra a cúpula do exército que os enviou despreparados a uma guerra com um inimigo que a própria Argentina não tinha condições de enfrentar. E à maneira em que a mídia e a sociedade tratavam a questão no País, anunciando que a vitória estava por vir, quando a realidade era exatamente o oposto. Uma leitura interessante, sem dúvida!

10 – Sobre Héroes y Tumbas

Ernesto Sábato publicou Sobre Héroes y Tumbas (Sobre Heróis e Tumbas), em 1961. Considerada por muitos como o melhor romance entre os livros argentinos do século XX, a obra o consagrou como escritor universal. Tendo como cenário a Buenos Aires dos anos 50, Sobre Heróis e Tumbas trata de temas como o ciúme doentio, o incesto, o ódio, mitos, sonhos e pesadelos. Tudo sob a pena de um genial escritor que se mostra, ele mesmo, trágico e esperançoso.

11 – Los Días del Venado

Los Días del Venado (Os dias do Cervo, 2000) é o romance de estreia de Liliana Bodoc. Trata-se do primeiro volume da trilogia “A Saga dos Confins”, onde a autora cria um mundo imaginário – as Terras Férteis, em que uma delas se denomina “Os Confins” – repleto de guerreiros, heróis e traidores. Uma verdadeira epopeia em um universo desconhecido e cheio de aventuras.

12 – Pájaros en la Boca

Samanta Schweblin faz parte da nova geração de escritores argentinos. Com Pássaros na Boca (2009), a autora passou a ser considerada a sucessora de Julio Cortázar. São 18 contos fantásticos que se desenvolvem em meio a situações estranhas e surreais. Samanta lança mão de alegorias absurdas, como uma mulher em trabalho de parto que termina regurgitando um óvulo e uma adolescente que se alimenta de pássaros vivos.

Perturbadores, os contos de Pássaros na Boca são também extremamente envolventes. Embora seja apontada por muitos como “herdeira da literatura de realismo fantástico”, Samanta afirma que sua literatura não se refere a um mundo fantástico, mas a uma realidade perturbadora.

Aguiar

Se está planejando sua viagem a Buenos Aires te recomendamos BAIXAR NOSSO APLICATIVO com dicas, lista de restaurantes, hotéis e passeios, se inscrever em nosso CANAL DO YOUTUBE com vídeos e dicas semanais e nos SEGUIR NO INSTAGRAM para acompanhar nossos posts direto de Buenos Aires.

Tem alguma dúvida?

[contact-form-7 id="18493" title="Formulário do Blog"]
Posts relacionados
Passeios em oferta
Dicas de Buenos Aires
Roteiros digitais
Tem alguma dúvida?
Contact Form Demo
Adriana Albuquerque
Piauiense de nascimento, cearense de coração e casada com um portenho, Adriana adotou Buenos Aires há 9 anos. Ela é formada Comunicação Social e mãe de uma adolescente e de um filho pequeno. Uniu-se à equipe da Aguiar para produzir posts para o blog e já soma centenas de textos. Provavelmente você já leu e anotou uma dicas que ela passou. Apaixonada pelo Brasil, aprendeu a amar também Buenos Aires. Já não pode viver sem mate, o chimarrão local. Adora ler, comer e viajar.
Compartilhe!
Segue a gente!