O câmbio na Argentina (troca de moeda), devido à instabilidade da moeda nacional e da alta inflação, oferece algumas opções que podem confundir os turistas. Acompanhe que vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre esse assunto.

O que é câmbio?

Em primeiro lugar, é necessário entender o que é câmbio. O conceito é bem simples: uma operação financeira que envolve a troca da moeda de um país pela moeda de outro. Entretanto, entre os turistas, esse assunto gera sempre muitas dúvidas.

Qual moeda levar? Qual a melhor cotação? Onde posso trocar o dinheiro? Na Argentina, ainda tem uma questão a mais. A diferença entre câmbio oficial e câmbio paralelo em Buenos Aires.

Câmbio oficial

O câmbio oficial é determinado pelo Banco Central e utilizado pelas agências de câmbio e também pelos bancos. É a forma mais segura de trocar dinheiro. Nos dois aeroportos de Buenos Aires há uma casa de câmbio que trabalha com a cotação oficial e funcionamento 24 horas. Para essa operação é necessário RG ou passaporte (não aceitam cópias).

Câmbio paralelo

Já o câmbio paralelo, como o próprio nome sugere, é realizado paralelamente ao oficial, de forma não legalizada. Também chamado de blue, negro e informal, na Argentina é realizado de forma corriqueira, sendo oferecido nas ruas da cidade sem grandes problemas. Inclusive nas páginas dos grandes jornais argentinos, aparece a cotação do dólar Blue. 

Quem já veio à Buenos Aires, certamente já ouviu o famoso “Câmbio, câmbio” sendo gritado pelos doleiros da rua Florida. A operação pode ser feita na loja, na rua ou em escritório, de forma rápida e, as vezes, sem necessidade de documento. Entretanto, envolve riscos como notas falsas, por exemplo. Por isso, todo cuidado é pouco ao efetivar transações financeiras. 

Porque a Argentina opera com mais de um câmbio

A economia na Argentina é bastante particular. Alguns anos atrás, para frear a crise econômica argentina, o governo decidiu controlar a compra e venda de dólares, fazendo aumentar a procura pelo mercado paralelo. Uma vez que o argentino vê no dólar, a única moeda confiável.

Quando se acabaram as restrições, o mercado ilegal perdeu sua força. Em 2019, quando voltaram a restringir a compra de dólares, o mercado paralelo voltou ainda mais forte e a diferença entre câmbio oficial e paralelo voltou a acentuar-se consideravelmente.

Até o final de 2023, o câmbio paralelo oferecia um valor bem acima do conseguido no mercado formal. No entanto, atualmente (janeiro de 2025), essa diferença diminuiu consideravelmente. 

Atenção

Como o câmbio paralelo não está regulamentado, não há nenhum órgão que fiscalize essa venda. Por isso, a atenção deve ser ainda maior, caso considere essa opção. Busque fazer em local público, em loja física, para não ter imprevistos. 

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Cotação em locais turísticos e restaurantes

Cada local pode praticar o câmbio de sua preferência. Em geral, os locais mais turísticos, aceitam, sim, dólar e real. Entretanto, o ideal é ter pesos sempre disponíveis para não precisar ficar calculando e trocando moeda durante o seu passeio.

O que influencia nos valores?

Como vimos, a restrição de compra e venda de dólares foi durante muito tempo a responsável pela diferença considerável entre câmbio oficial e câmbio paralelo. No período da sua viagem, não deixe de acompanhar as atualizações econômicas da Argentina.

Atenção ao trocar moeda

Apesar de ser uma prática corriqueira, é necessário alguns cuidados  na hora de trocar moeda no câmbio paralelo. Afinal, ninguém quer ser enganado durante a viagem, não é mesmo?

Seguem algumas dicas:

• Escolha, de preferência, um local de confiança já indicado por algum conhecido.
• Antes de qualquer coisa, pergunte a cotação antes de trocar. Busque sempre a melhor opção. 
• Nunca fale na rua qual a quantia deseja troca.
• Faça as contas antes da troca para saber exatamente quanto você precisa receber.
• Ao receber, confira se o valor está correto e se as notas são verdadeiras.
• No caso de se sentir inseguro, busque os bancos oficiais.  

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