Eva e Perón

Eva e Perón: paixão e política

Eva e Perón: paixão e política

Eva Duarte e Juan Domingo Perón, formaram um dos casais mais famosos da Argentina. Ela tinha apenas 24 anos e Perón 48, em 1944, ano se conheceram.

Paixão e política

Uma tragédia uniu essa história. Em janeiro de 1944, um terremoto de grandes proporções, atingiu a cidade de San Juan, causando milhares de mortos e feridos, além da destruição de grande edificações da cidade. Como secretário de Estado, Perón levou à frente a tarefa de arrecadar fundos para as vítimas do terremoto em San Juan.

Cidade de San Juan

Juan Domingo Perón

Um das versões é que ambos, teriam se conhecido em San Juan, local onde se encontraram para ajudar os sobreviventes depois do terremoto. Ele, como representante do governo. Ela, como parte da comitiva de artistas que se solidarizaram com as vítimas da tragédia.

Encontro no Luna Park

Segundo a outra versão, Eva e Perón foram apresentados, no estádio Luna Park, em um ato organizado pela Secretaria do Trabalho e Previsão para condecorar as atrizes que tinham arrecadado mais fundos na coleta em solidariedade às vítimas do terremoto.

Embora não tenha ficado entre as primeiras colocadas, a então atriz Eva Duarte, estava no evento.

Casamento e política

Dizem que, oficializaram a união por causa da carreira política de Perón. O casal já vivia junto, mas naquela época, esse tipo de relação não era muito bem vista pela sociedade, especialmente no caso de um presidente da República.

Antes de casar-se, ele esteve preso alguns dias por questões políticas e, Eva foi uma das pessoas que mais se mobilizou para conseguir sua liberação.

A proposta

Foi numa carta escrita na prisão que Perón fez pela primeira vez uma proposta de casamento a Eva Duarte: “Esta imensa solidão está cheia de tua presença (…). Assim que eu saia daqui, nos casaremos e vamos viver em paz em qualquer lugar…”, escreveu.

Na mesma carta, declarava todo seu amor pela futura esposa e primeira-dama: “Que não aconteça nada a você, do contrário, minha vida estaria acabada. Cuide-se muito e não se preocupe comigo, mas me ame muito, porque preciso de seu amor mais do que nunca”.

Casamento

Seja como for, o fato é que eles não se separaram mais. Se casaram em 22 de outubro de 1945, em uma cerimônia civil em Junín. E no dia 10 de dezembro do mesmo ano, casaram-se na Igreja de São Francisco, em La Plata.

Muitos dos vestidos usados por Eva Perón, estão no Museu Evita.

Uma história de cinema no Museu Evita

Lua de mel

Após a liberação de Perón, o casal trabalhou junto na campanha para presidente. Praticamente não tiveram lua de mel, já que seu tempo estava consumido por viagens, comícios e outros compromissos de campanha.

Perón venceu as eleições em fevereiro de 1946, assumindo a Presidência no dia 24 de junho do mesmo ano.

Unidos em nova campanha

No início de 1950, Eva já sentia os primeiros sintomas do câncer, mas não deixou de trabalhar na nova campanha presidencial do marido. Pela primeira vez, as mulheres podiam apresentar-se como candidatas.

Devido à grande popularidade de Evita, os movimentos dos trabalhadores entenderam a importância de que ela fosse apresentada como candidata a vice-presidente, acompanhando o marido. Isso traria um grande fortalecimento do setor sindical no governo peronista.

Eva e a vice-presidência

Houveram lutas internas no partido, já que os setores mais conservadores, não estavam de acordo com a candidatura de Evita. Nesse contexto, o dia 22 de agosto de 1951 tornou-se uma data histórica, quando aconteceu o Cabildo Abierto del Justicialismo, convocado pela Confederación General del Trabajo.

Milhares de trabalhadores reuniram-se na esquina das avenidas Belgrano e 9 de Julio e pediram que Evita aceitasse a candidatura a vice-presidente.

Legislatura portenha, patrimônio urbano de 85 anos

Renúncia

Apesar da grande pressão por parte dos trabalhadores, Perón convenceu a esposa a renunciar à candidatura por conta da debilidade provocada por sua doença. Em 31 de agosto de 1951, Eva e Perón anunciaram oficialmente que ela não concorreria como vice-presidente, num ato que a levou às lágrimas.

Nas eleições de 11 de novembro de 1951, levaram Perón mais uma vez à Presidência da República, ainda sim, Eva Perón estava recém-operada e votou em sua cama de hospital.

Eva e Perón em público

Em suas aparições públicas, sempre demonstraram gestos de carinho e afeto. Frequentemente, Perón interrompia uma fala para dar um beijo na esposa, o que fazia com que a multidão de adoradores, ficassem ainda mais encantados com o casal. Claro que tanta popularidade desagradava seus inimigos políticos.

O amor de Eva e Perón

E se Perón demonstrava tanta paixão pela esposa, diz-se que Evita ia um pouco além. Conta-se que ela expressava não só amor, mas também uma admiração quase mística pelo marido. Eis aqui um trecho de suas memórias que dá uma ideia desta relação: “Deus, que não pôde conceber o céu sem sua mãe, a quem tanto amava, me perdoará porque eu também não posso concebê-lo sem Perón”.

Eva Perón: personagem polêmica e marcante

Falecimento de Eva 

No dia 26 de julho de 1952,  faleceu Eva Perón, aos 33 anos, de um câncer uterino. O corpo, embalsamado, ficou exposto à visitação pública, até que foi roubado e levado a Milão, na Itália, durante o Golpe de Estado, que tirou Perón do poder e o obrigou a exilar-se.

Dezesseis anos depois, o corpo foi exumado, levado à Espanha e entregue ali a Perón, onde vivia em Madrid. Hoje, o corpo de Evita encontra-se no Cemitério da Recoleta. O mausoléu da família Duarte é um das mais visitados pelos turistas.

Falecimento de Perón

Perón voltou à Argentina em junho de 1973, depois de mais de 17 anos de exílio, onde casou-se novamente, agora com Isabelita Perón. Em outubro do mesmo ano, foi eleito presidente pela terceira vez, tendo Isabelita Perón como sua vice-presidente. Ele faleceu no dia 1º de julho de 1974, devido a uma broncopatia infecciosa.

A presidência foi sucedido por sua esposa, porém acabou sendo deposta pelo Golpe de Estado, cívico-militar de 1976, que deu início a um longo período de ditadura no país. Mas essa é uma outra história!

Personalidades argentinas que fizeram história

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Adriana Albuquerque
Piauiense de nascimento, cearense de coração e casada com um portenho, Adriana adotou Buenos Aires há 9 anos. Ela é formada Comunicação Social e mãe de uma adolescente e de um filho pequeno. Uniu-se à equipe da Aguiar para produzir posts para o blog e já soma centenas de textos. Provavelmente você já leu e anotou uma dicas que ela passou. Apaixonada pelo Brasil, aprendeu a amar também Buenos Aires. Já não pode viver sem mate, o chimarrão local. Adora ler, comer e viajar.
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