Eva Perón: personagem polêmica e marcante

Eva Perón: personagem polêmica e marcante

Quem nunca ouviu falar de Evita, Eva Perón ou Maria Eva Duarte? Popularmente conhecida como “la abanderada de los humildes” (algo assim como “a protetora dos humildes”, em português), Eva Perón é adorada por uns e odiada por outros. Difícil mesmo é ver algum argentino indiferente a essa histórica figura que foi casada com Juan Domingues Perón – presidente da Argentina em três mandatos diferentes, dois dos quais não chegou a terminar, mas isso é uma outra história!

Polêmica e marcante

O carisma de Eva Perón se deve muito à atuação que teve junto aos mais necessitados, trabalho que desenvolveu principalmente através da Fundación Eva Perón, onde despachava diariamente e recebia pessoalmente os populares que iam pedir ajuda. A Fundação distribuía além de roupas e alimentos, também livros e brinquedos para os mais carentes. Além disso, também foi responsável pela construção de diversos hospitais e asilos para idosos, mães solteiras ou jovens estudantes, além de dar assistência também a outros países.

Crítica a atuação de Eva Perón frente à Fundação

Mas se a solidariedade era grande, as exigências também. Contam historiadores e pessoas que viveram na época, que a ajuda era restrita aos que apoiavam o governo de Perón incondicionalmente. A oposição acusava os peronistas de usar a Fundação como moeda de compra da adesão do povo ao Governo. E também criticavam que o dinheiro usado pela instituição provinha de doações e contribuições (em muitos casos, compulsivas) de empresários, mas era Eva Perón que ganhava todo o mérito.

Em defesa do voto feminino

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Entretanto, a atuação de Eva Perón não se restringiu ao trabalho na Fundação. Ela tomou para si a luta pelo voto feminino, sancionado em 1947; além disso, lutou também pela igualdade jurídica entre os cônjuges e a guarda compartilhada entre os progenitores. Foi ela também que fundou o Partido Peronista Feminino, em 1949, que presidiu até sua morte.

Figura popular ou populista?

Sua atuação junto aos líderes sindicais e seu carisma e liderança junto às massas trabalhadoras foram também responsáveis pela sua grande popularidade. Até hoje sua figura inspira respeito e devoção por muitos trabalhadores e sindicalistas. E até hoje também é rechaçada por muitos, que acusam a ela e o Peronismo de populistas.

O início de tudo

Eva Perón nasceu em 7 de maio de 1919, na fazenda La Unión, na localidade argentina de Los Toldos. Naquela época, era comum e aceito pela sociedade que um homem mantivesse duas famílias. Quinta filha da família paralela do fazendeiro Juán Duarte, Eva Perón e sua família ficaram desprotegidas com a morte de seu pai, já que sua mãe era a esposa ilegítima.

Em busca do sonho de ser atriz

A família mudou-se então para Junín, de onde Eva Perón saiu aos 15 anos em busca do sonho de ser atriz. Em Buenos Aires, passou por dificuldades, já que não tinha nem recursos, nem preparo. Apesar de tudo, chegou a estabelecer uma carreira e ser razoavelmente conhecida como atriz de teatro, rádio e cinema.

Mergulho na atividade política do país

Eva Duarte conheceu Juan Domingues Perón em 1944 e dois anos depois, já casados, participou ativamente da campanha eleitoral de seu marido, em 1946. Nas eleições de 1951, foi proposta pelo movimento obrero (movimento dos trabalhadores) como candidata a vice-presidente numa chapa com Perón, mas acabou desistindo, pressionada por grupos antiperonistas.

Milhões de argentinos se despedem de Eva Perón

Eva Perón faleceu no dia 26 de julho de 1952, aos 33 anos, vítima de um fulminante câncer uterino, a mesma doença que, anteriormente, matou a primeira esposa de Perón. O corpo foi embalsamado e velado durante vários dias, primeiro no Ministério do Trabalho, sendo trasladado em seguida para o Congresso Nacional e, depois, para a CGT (Central Geral dos Trabalhadores). Consta que mais de 2 milhões de pessoas despediram-se de Eva nas ruas de Buenos Aires.

Sequestro e ocultação do corpo

No entanto, após o Golpe Militar de setembro de 1955, autointitulado “Revolução Libertadora”, o corpo de Eva Perón foi sequestrado e ocultado na Itália durante 14 anos. Hoje, encontra-se no mausoléu da família Duarte, no famoso cemitério da Recoleta, sendo um dos túmulos mais procurados pelos visitantes.

Veja neste post informações sobre o Cemitério da Recoleta.

História de Eva Perón inspira obras

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Mas a história de Eva Perón não terminaria com sua morte. Centenas de obras teatrais, livros e filmes foram produzidos em torno de sua vida. Uma das produções mais conhecidas é o filme Evita, de Alan Parker (1996), que tem Madonna vivendo o papel da “protetora dos humildes”.

Conheça também outros cenários de filmes em Buenos Aires

Museu Evita

MUSEU EVITA

Aos que desejam ver mais de perto detalhes da vida de Eva Perón, pode visitar o Museu Evita, em Palermo. O museu oferece também visitas guiadas em espanhol, português, francês e inglês. Nesse caso, os interessados devem fazer uma reserva pelo telefone 4807.0306 ou via e-mail (visitasguiadas@museoevita.org).

Outros Museus

casa rosada a história argentina vista de perto

Para concluir, o Centro Cultural Kirchner tem também uma sala dedicada à memória de Eva Perón. Trata-se do local onde ela recebia e enviava doações e atendia  populares diariamente. Da mesma forma, na sua visita à Praça de Maio e à Casa Rosada – obrigatórias para todo turista que vem a Buenos Aires pela primeira vez – não deixe de observar a famosa sacada de onde tantas vezes Eva e Perón falaram ao povo argentino.

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Adriana Albuquerque
Piauiense de nascimento, cearense de coração e casada com um portenho, Adriana adotou Buenos Aires há 9 anos. Ela é formada Comunicação Social e mãe de uma adolescente e de um filho pequeno. Uniu-se à equipe da Aguiar para produzir posts para o blog e já soma centenas de textos. Provavelmente você já leu e anotou uma dicas que ela passou. Apaixonada pelo Brasil, aprendeu a amar também Buenos Aires. Já não pode viver sem mate, o chimarrão local. Adora ler, comer e viajar.
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