Jorge Luis Borges: universo particular

Jorge Luis Borges: universo particular

Jorge Luis Borges é um dos mais famosos e prolíficos escritores argentinos do século XX. Assim como outros grandes escritores, Borges foi várias vezes indicado ao Prêmio Nobel, o qual nunca conquistou, não por falta de mérito, claro, mas acredita-se que por suas posturas políticas.

Jorge Luis Borges

Leitor voraz, erudito, de uma cultura enciclopédica (literalmente, já que adorava ler enciclopédias, principalmente a Britânica, sua preferida), Jorge Luis Borges iniciou seu mergulho no mundo literário através da biblioteca de seu pai.

Talento precoce

Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (24/08/1899 – 14/06/1986) tinha apenas seis anos quando disse ao pai que gostaria de ser escritor. Aos nove, escreveu seu primeiro conto, La visera fatal.

Aos dez, publicou seu primeiro livro, uma tradução do inglês ao espanhol de O Príncipe Feliz, de Oscar Wilde. Conta-se que, já em seus anos de infância, brincando com sua irmã Norah, costumava criar amigos imaginários e visitar os tigres no jardim zoológico.

Mergulho na cultura portenha

Mudou-se com a família para a Suíça aos 15 anos, vivendo depois na Espanha. De volta a Buenos Aires, aos 21 anos, passou a participar ativamente da vida cultural portenha, relacionando-se com outros jovens escritores, com quem fundou a revista Prisma e, mais tarde, a revista Proa.

Em 1923, publicou seu primeiro livro de poemas, Fervor de Buenos Aires.

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A amizade entre Jorge Luis Borges, as irmãs Ocampo e Bioy Casares

Ao longo dos anos 30, ganhou fama na Argentina. Estabeleceu uma sólida amizade com as irmãs Victoria e Silvina Ocampo. Através destas, conheceu Adolfo Bioy Casares que se casaria mais tarde com Silvina Ocampo, com quem travou uma amizade que durou pelo resto da vida.

Borges considerava Casares um notável escritor. Os dois formaram uma célebre dupla literária, que produziu relatos, antologias de contos, roteiros de cinema, entre outros.

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Reconhecimento internacional

A fama internacional só viria muitos anos depois, lá pelos idos de 60, com a conquista do Prêmio Internacional de Literatura (1956, Argentina, pelo conjunto da obra) e do Prêmio Formentor (1961), outorgado pelo Congresso Internacional de Editores, que dividiu com Samuel Beckett.

Jorge Luis Borges dominava vários idiomas, e foi amplamente publicado nos Estados Unidos e na Europa. Em 1979, foi homenageado com o Prêmio Cervantes de Literatura, entre outros no mesmo ano.

Veja a lista de prêmios e reconhecimentos de Jorge Luis Borges

A literatura de Jorge Luis Borges

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Dono de uma visão muito particular e original do mundo, Jorge Luis Borges tinha uma maneira singular de abordar temas e conceitos como a filosofia e a metafísica, o tempo e o espaço, destino e realidade.

Labirintos, tigres, espelhos, jogos entre a ficção e a realidade fazem parte de seus contos e narrativas, que trouxeram importante contribuição para a literatura fantástica.

A perda da visão

Borges foi perdendo a visão progressivamente por conta de uma doença degenerativa herdada do pai. Por volta dos 50 anos, já estava completamente cego, e dependia de outras pessoas para escrever, o que não o impediu de seguir produzindo intensamente.

Há quem pense que seus melhores textos são fruto desse período.

Textos mais conhecidos

O Aleph, A Biblioteca de Babel e Pierre Menard, Autor do Quixote, estão entre os contos mais famosos.

Entre as poesias, principal gênero ao qual passou a dedicar-se após a cegueira, destacam-se obras como A Cifra, Atlas e Os Conjurados.

Fundação Internacional

A Fundación Internacional Jorge Luis Borges e a Subsecretaría de Turismo do Governo da Cidade armaram juntos um circuito que passa por diversos lugares emblemáticos de sua vida.

O passeio tem início na rua Tucumán, 840, local onde estava a casa em que Borges nasceu. Hoje já não existe, mas uma placa recorda o morador ilustre do endereço. Em seguida, passa pelo apartamento da rua Maipú, 994 (6º B), pela livraria La Ciudad; pela sede da Faculdade de Filosofia e Letras e vai até a Biblioteca Nacional, dirigida por Borges durante 18 anos.

No bairro de Boedo, está a Biblioteca Municipal Miguel Cané, seu primeiro lugar de trabalho, que ainda hoje conserva sua escrivaninha e outros objetos do escritor.

Em Palermo, encontra-se a casa de sua infância, localizada na rua Borges, 2135, a Casa de Evaristo Carriego, em Honduras, 3784 e o Museu Xul Solar, dedicado ao pintor, um dos seus grandes amigos.

Jardim Japonês também é sugerido como parte do trajeto borgiano em Buenos Aires, já que o escritor tinha grande admiração pela cultura japonesa. O passeio vai também ao bairro da Recoleta, onde Borges viveu na rua Quintana, 222 e na Avenida Pueyrredón, 2190 (5° andar).

O percurso termina na Fundação Internacional Jorge Luis Borges, na Rua Anchorena, 1660, criada por sua viúva, María Kodama e que conta com uma coleção de objetos que pertenceram ao autor.

Aguiar

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Adriana Albuquerque
Piauiense de nascimento, cearense de coração e casada com um portenho, Adriana adotou Buenos Aires há 9 anos. Ela é formada Comunicação Social e mãe de uma adolescente e de um filho pequeno. Uniu-se à equipe da Aguiar para produzir posts para o blog e já soma centenas de textos. Provavelmente você já leu e anotou uma dicas que ela passou. Apaixonada pelo Brasil, aprendeu a amar também Buenos Aires. Já não pode viver sem mate, o chimarrão local. Adora ler, comer e viajar.
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