Histórias de terror em Buenos Aires: mistérios e lendas
Histórias de terror em Buenos Aires: mistérios e lendas
Envolvendo tragédias, paixões e algo mais, a capital portenha está repleta de mistérios que revelam seu lado mais escuro. Conheça agora algumas dessas histórias de terror em Buenos Aires.
Casa dos leões
Dom Eustáquio, o pai de uma importante família da capital do século XIX, adquiriu três leões africanos para cuidar do seu palácio. Durante uma festa de noivado de uma das filhas da família, por um erro humano, uma das jaulas ficou aberta e um dos leões conseguiu sair, atacando o noivo na frente de centena de convidados.
Com a tristeza pela morte do noivo, a filha tirou sua vida um tempo depois e seu pai foi responsabilizado pelo ocorrido. Deprimido, Dom Eustáquio mandou sacrificar os animais e fazer monumentos para recordá-los. Sendo um desses monumentos, o momento do ataque do leão ao pretendente da sua filha.
A mansão permanece no mesmo lugar, no bairro de Barracas, com as mesmas estátuas representando a tragédia. Repleta de histórias de fantasmas, muitos que a frequentam dizem que durante a noite se escutam choros e gritos pela casa. Enquanto alguns vizinhos dizem já haver visto o fantasma do casal caminhando pelo jardim.
Fantasmas do Palácio Noel
O Museu de Arte Isaac Fernández Blanco Hispano Americano, também conhecido como Palácio Noel, possui um dos jardins mais bonitos da capital portenha e uma das lendas urbanas mais misteriosas.
Os funcionários do museu contam diversas histórias. Alguns dizem que podem sentir como se alguém estivesse respirando ao lado deles, mesmo estando sozinhos. Outros afirmaram que as câmeras de segurança são controladas pelo governo e várias vezes são chamados para conferir uma movimentação estranha no museu à noite, mas ao checar, não encontram ninguém.
Outro mistério do museu é referente à filha de Carlos Noel, antigo dono do palácio, que morreu aos 17 anos de tuberculose. Diz-se que o seu espírito ainda vaga pelo local. Alguns vizinhos alegam ouvir gemidos e soluços durante a noite. Outros afirmam ter visto uma menina vestida de branco caminhando pelos jardins.
Essa história já foi contada anteriormente, quando o então presidente dos Estados Unidos, Herbert Hoober, visitou Buenos Aires em 1928 e se hospedou na Mansão. Alguns integrantes de sua comitiva relataram ter visto uma figura caminhando pelos jardins e que o presidente se queixou dos gemidos e ruídos de portas que se ouviam à noite.
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Pasaje 5 de julio
Uma das características de Buenos Aires são suas vielas, chamadas por aqui de pasajes. São mais de 100 espalhadas pela cidade onde se destacam a arquitetura e arte urbana. E também alguns mistérios, como é o caso da Pasaje 5 de julio, em San Telmo.
Com uma rua de paralelepípedo, faróis antigos e arquitetura que nos remetem a outras épocas, essa pasaje oculta também uma parte da história da cidade. Ali, dizem que foram enterrados corpos de soldados que pereceram na guerra contra invasores ingleses em 1807. Até hoje, muitas pessoas que por ali passam asseguram escutar vozes e ruídos.
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A lenda de Felicitas Guerrero
Essa história de terror em Buenos Aires é uma das mais conhecidas na cidade. Felicia Antonia Guadalupe Guerrero, conhecida como Felicitas, era considerada a mulher mais bela da República, atraindo assim vários pretendentes.
No entanto, sua família arranjou um casamento com um homem de 60 anos de idade. Com ele, perdeu dois filhos e foi muito infeliz. Com a morte do marido e derrotada pela tristeza, Felicitas consegue dois novos pretendentes. Com um deles decidiu casar-se. No dia da festa de casamento, o outro pretendente, Enrique Ocampo, levado pelo ciúme, a assassinou com um tiro nas costas e depois se suicidou.
Segundo a lenda, no aniversário da sua morte, a alma de Felicitas chora na entrada da Igreja que os pais mandaram construir em sua homenagem no local onde foi assassinada. Atualmente, as pessoas penduram panos na Igreja Santa Felicitas, em Barracas, e também em sua tumba. Dizem que esses panos amanhecem molhados, pois o fantasma de Felicitas os usa para secar suas lágrimas.
Estações de metrô abandonadas
A linha A do metrô é a mais antiga de Buenos Aires e a primeira da América do Sul. O que muitos não sabem é que ali existem duas estações abandonadas: Pasco Sur e Alberti Norte, repletas de mitos e lendas urbanas.
Uma delas fala de duas garotas desaparecidas, cujo único vestígio foi a confirmação do embarque no trem, mas não a descida. Com o tempo, funcionários da linha de metrô afirmam ter visto duas jovens, com roupa de época, esperando o trem na estação abandonada.
Outro mito que contam sobre essas estações diz respeito à morte de dois funcionários que trabalharam na construção da linha durante um deslizamento de terra. No local da morte, dizem escutar gritos e barulhos estranhos até o dia de hoje.
Torre dos fantasmas
Dentre vários segredos de La Boca, este talvez seja um dos mais macabros. No início do século XX, a artista Clementina ocupava o último andar de um edifício em La Boca. Um dia, a artista decidiu mostrar seus trabalhos a um jornalista, que tirou fotos e, ao revelá-las, descobriu que havia figuras de duendes em suas gravuras, diferente do que Clementina havia pintado.
Dias depois, Clementina suicidou-se. Entretanto, a dona do prédio sempre afirmou que a artista não pulou, mas foi empurrada pelos duendes que moram na torre. Os atuais moradores do edifício dizem que objetos somem misteriosamente e ainda escutam passos no último andar, que seria da jovem artista.
Mistérios do Cemitério da Recoleta
Para finalizar as histórias de terror em Buenos Aires, não poderiam faltar as lendas de um dos pontos turísticos mais visitados de Buenos Aires, o Cemitério da Recoleta. Durante o dia nos apresenta mausoléus e monumentos que são considerados verdadeiras obras de arte.
Entretanto, durante a noite, o cenário muda. Reza a lenda que os fantasmas, seus verdadeiros donos, tomam conta do lugar. São tantos mistérios que fizemos um post com as melhores histórias. Confira a seguir.
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Luana Pereira
